O
espelho universal ou o testemunho da presença.
O
que Maria Manuel Viana está a querer dizer-me é que o entendimento do mundo só é
possível através da abertura de espírito que é dada pela compreensão do
conjunto infinito das ficções escritas e das respectivas leituras, também elas infinitas.
Esse mundo será uno através da diversidade que é reflectida no contínuo de
espelhos (pessoas-livros-mónadas) que se olham mutuamente e devolvem novos-antigos
olhares. Como na «Dama de Xangai» ou nas bonequinhas russas ou nas latas de
fermento Royal ou nos enganosos espelhos retrovisores…
Se
assim nos reflectimos nas palavras da escritora-escritores tentaremos a
felicidade, essa integração do mundo que a literatura nos envia para que a entreguemos
ao próximo («amarmos é gostarmos da felicidade do outro», página 154).
Teoria
dos Limites. Livro de escolha múltipla a reflectir (sem ordem) Lawrence Durrell, Maria
Judite de Carvalho, Maria Ondina Braga, Mário de Carvalho, Lídia Jorge, Hélia
Correia, Hannah Arendt, Rui Cardoso Martins… Livro que chega até às
minhas leituras interiores. Finalmente, às leituras do que eu era e, agora, sou.
Uma
frase é repetida. «Eu sei o livro.»