quinta-feira, 3 de março de 2016

Sobre o filme «Solaris» de Andrei Tarkovsky, 1972













Regressemos à Terra.

O oceano de Solaris anda nervoso. Sub-reptício, pela calada da noite, retira personagens dos sonhos e confronta os homens com as suas recordações mais fundas. Kris é visitado por Hari. E quem já morreu uma vez não tem medo de morrer novamente. Hari volta uma e outra vez.
Estaremos preparados para tantas ressurreições? Estaremos condenados à alucinação?
A consciência da alucinação será a própria loucura ou o seu inverso? Remorso.
Fausto. Tolstoy. Dostoievsky. D. Quixote. Martin Lutero. Sísifo. Bruegel, o velho.
Qual o nome completo de Deus?
Qual o verdadeiro sentido da vida?
Será a felicidade um dado obsoleto?
Amaremos mesmo o que tememos perder?

O melhor mesmo é regressar à Terra.

jef, março 2016

«Solaris» de Andrei Tarkovsky. Com Natalia Bondartchouk, Donatas Banionis, Iouri Yarvet,  Anatoly Solonitsyne, Vladislav Dvorjetsky, Nikolay Grinko, Sos Sarkissian. Argumento sobre uma obra de Stanislav Lem. Música: Edouard Artemiev / J.S. Bach. URSS, 1972, cores / P/B, 167 min.

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