sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sobre o filme «A Força do Sexo Fraco» de Ingmar Bergman, 1964














«Todas Estas Mulheres»
parece ser um título mais próximo do original e mais adequado a esta espécie de comédia delirante e aparentemente tola mas com muito que se lhe diga. 
Mas o título português tem a sua ciência!

Aqui se narra o que acontece a um violoncelista virtuoso, mulherengo, vaidoso e corruptível, quando recebe em casa o seu biógrafo, crítico de renome, ambicioso, cínico e igualmente corruptível, que só dirá bem do músico se ele apresentar publicamente uma peça inédita de sua autoria… No centro, as suas seis mulheres que se tornarão seis viúvas correndo num cenário de papelão como um enorme bolo de noiva.

Toda a verdade sobre a Arte e a Crítica, o Homem e a Mulher, o Amor e a Inveja, em versão burlesco: Charlie Chaplin, Billy Wilder, Ernest Lubitsch…

Pois é verdade: temos perseguições à volta da árvore em câmara rápida, bolos de creme na cara, quedas aparatosas em lagos. O ridículo e o riso como modo de reflexão. Este filme encerra o mundo de Ingmar Bergman por inteiro. Descobri-lo é o mais divertido!

Enfim, só não se entende ser a cópia digital «pixelizada» imprópria para projecção em grande ecrã.

jef, julho 2015

«A Força do Sexo Fraco» (För Att Inte Tala Om Alla Dessa Kvinnor) de Ingmar Bergman, 1964. Com Jarl Kulle, Eva Dahlbeck, Bibi Andersson, Harriet Andersson, Gertrud Fridh, Mona Malm, Barbro Hiort af Ornas, Karin Kavli.

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