terça-feira, 26 de setembro de 2017

Sobre o filme «Arranha-Céus» de Ben Wheatley, 2015















O Dr. Robert Laing (Tom Hiddleston) ascende, cheio de traumas do passado, aos andares superiores de um edifício-estado imaginado por um arquitecto em estado de desgraça (Jeremy Irons). Foge ele dos andares inferiores onde a média burguesia vive, carente e decadente. O fim da história não tem fim quando começam os cortes de energia.

De Londres o filme pouco tem… De arquitectura distópica ainda menos… Da produção sentida e rigorosa que me faz ir ao cinema por ser «inglesa», nada! Parece uma comédia do burlesco com belos adereços e carros que saem dos anos 70 do século passado. Porém, uma comédia sem graça que brinca com os estereótipos dessa época, tanto humanos e sociais como estéticos e cinéfilos!

É um pouco triste convocar e ao mesmo tempo aviltar a grata imagem que trago memorizada e, por isso, sempre refeita, de «Weekend» de Jean-Luc Godard (1967); «Laranja Mecânica» de Stanley Kubrick (1971); «A Aventura do Poseídon» de Ronald Neame (1972); «A Grande Farra» de Marco Ferreri (1973) ou «Underground» de Emir Kusturica (1995).

Recordo ainda J. G. Ballard, de onde vem o argumento, mas o de «O Império do Sol» de Steven Spielberg (1987) ou «Crash» de David Cronenberg (1996).

Por que foi necessário esperar dois anos para exibi-lo nas salas de cinema, em Portugal?

jef, setembro 2017

«Arranha-Céus» (High-Rise) de Ben Wheatley. Com Tom Hiddleston, Jeremy Irons, Sienna Miller, Luke Evans, Elisabeth Moss. Reino Unido, Bélgica, 2015, Cores, 119 min.

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