quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Sobre o disco «Colors» de Beck, Fonograf / Capitol, 2017
















Nada de novo na Frente Ocidental. Contudo…
Beck Hansen tem aquele dom muito seu de ir corrigindo o próprio passado musical através de um modo futuro ou maneira de ser que se assemelha a um «método» ou um «sistema» mas que também se pode aproximar do caos das partículas que, a determinado momento, jamais confirmam o lugar onde se encontram.

Desde 1994, com esse célebre «Mellow Gold» e todos os outros álbuns mais ou menos escondidos (inqualificáveis, finos, brutos, barulhentos, dançantes, festivos, amáveis), que nos habituámos a esse modo hip-hop-transgénico-vegan / trash-bossa-nova / folk-heavy-country / pop-rock-delight.

Pode «Colors», com as 10 canções, não construir verdadeiramente nada de novo a ocidente da novidade mas traz Beck de novo. Colors – Seventh Heaven – I’m So Free – Dear Life – No Distraction – Dreams – Wow – Up All Night – Square One – Fix Me. 

À 20ª audição revejo o espelho de «Mellow Gold». E isso é bom. Pois as origens nunca estão onde nos prometeram… E o futuro da música também nada nos garantirá!

«Colors». Nada mais simples! Nada mais Pop! Nada mais primaveril para o início do Inverno! Se não existem notícias a Ocidente, viremo-nos para os restantes pontos cardeais. Façamos as articulações articularem. Dancemos a Oriente!

jef, novembro 2017

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