terça-feira, 6 de maio de 2025

Sobre a apresentação do # 8 de «A Morte do Artista». Biblioteca Palácio Galveias, 17 de Maio de 2025, 16h00. Lisboa.



 







Hoje em dia, e quem sabe talvez mesmo ontem em dia, muitos andam para aí a falar da boca para fora (e do seu porta-moedas para dentro). Por isso, veio-nos à ideia apelidar assim o volume #8 de «A Morte do Artista».

Como chegámos até aqui é difícil de explicar pois o ritmo editorial é desenfreado e louco. Uma revista por ano!

Relata o editorial no seu início:

«Escrever um texto a oito mãos seria tarefa fácil para um polvo, caso os polvos dominassem a arte da escrita. Tratando-se de bichos homens, em oito mãos contam-se 40 dedos, mais do que as letras do alfabeto, cada um deles com disponibilidade para pressionar o teclado (uns com mais destreza do que outros, pois está claro). Além disso, é preciso acrescentar um mínimo de quatro cérebros, cada um mais teimoso do que o outro, pois sabe-se que, sem estes, as mãos ficam penduradas, sem saber onde se meter…»

Desta feita, e atrás do já referido tema «Da Boca para Fora», chamámos 11 escritores que na sua opinião e ficção se juntaram a nós com todo o seu bel-prazer. Afinal, a ficção é a maior e a melhor das verdades. Uma verdade que todos desejamos que seja a razão imaginada de uma felicidade comum.

A saber.

Hélia Correia é a nossa querida artista consagrada que nos conta a história «Estar a mais». Uma espécie de profecia sobre a robótica do novo corpo e a sensualidade abstracta do novo espírito.

Julieta Monginho narra uma viagem sentimental, emocional e estratégica de uma separação em modo turístico.

Em «Verdes» Margarida Fonseca Santos fala-nos de uma pintora que olha o colorido da botânica com a sensibilidade familiar de uma casa que está prestes a desaparecer.

João Nuno Azambuja transcreve o seu apócrifo evangelho sobre a leviana palavra de Deus «Fiat Lux».

Fernando Ramalho revela-nos algumas páginas secretas dos «Cadernos da Aliança Operária».

Ricardo Marques segreda-nos ao ouvido a poética de um «Tríptico da

boca para fora».

Karl Seglem traz-nos a poesia do gelo norueguês no sopro de «Os ventos contínuos».

Ozias Filho desvenda-nos a carícia da palavra dita pelos lábios açucarados de «Marshmalow».

Rui Môço conta-nos afinal um segredo húmido. O que em silêncio diz o diálogo entre dois corpos «Da boca p’ra dentro».

Manuel Abrantes escreve sobre a história fantástica de um romance «Inesquecível».

João Aveiro Pereira fala-nos em «Da boca para fora» da conturbada vida laboral de um jobem cumpridor.

Por fim, Miguel Jesus escreve uma carta de amor a Hélia Correia - «Querida Hélia».

Pelo meio, os mais mentirosos, os artistas mais moribundos, reunidos: Fernanda Cunha, Manuel Halpern, Paulo Romão Brás e este que assina João Eduardo Ferreira, compõem o modo gráfico e reescrevem sobre a imagem ou a ideia de um diálogo entre papagaios dorminhocos; a lição de nos sentirmos a sós dentro de nós próprios; ou de um inesperado graffiti daltónico; de um veneno como definidor de uma relação com futuro incerto; de um modo artístico e plástico “Espuma, Ruído e Atonia (2020-2025”; ou sobre a ideia individual de um candidato que toma o princípio privado do seu futuro pelo fundamento do colectivo eleitoral.

E, assim, mais uma vez em Maio, o mês dos malmequeres, dos milagres, das mulheres e dos homens, também da liberdade, da democracia e das eleições, «A Morte do Artista» #8 será lançada aos quatro ventos, pólens e alegrias na Biblioteca do Palácio Galveias, em Lisboa, no dia 17 de Maio, pelas 16h00. Haverá drama, convívio, refrescos e bolinhos.

Venham de lá para cá! Para a mais bela Biblioteca Palácio Galveias!

Não faltem!


jef, maio 2025

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