quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Sobre o filme «Taxi Driver» de Martin Scorsese, 1976















O super-herói americano, afinal, também sofre de insónias…
Também ele tem direito às suas «idiossincrasias», como se usa agora dizer. Às suas ligeiras perturbações, ao desespero e às desilusões. Às paranóias, ao seu Vietnam. Às suas pilulas.
Travis Bickle tem direito às armas compradas no quarto de alguma espelunca. À solidão do seu «daesh» interior. À escrita do seu diário.
A um Robert de Niro esplendoroso.
A um Martin Scorsese que tão bem filma a violência carismática e o sangue explícito.
Também ao esplendor de Cybill Shepherd, Jodie Foster e Harvey Keitel.
E que nos fique ainda o direito e o prazer da banda sonora de Bernard Herrmann. (Sim, esse, o das bandas sonoras de Hitchcock.)
Todos nós temos direito a um filme como este, àquele «happy end». A um filme que visita todos os temas de ontem e de hoje, dos filmes de polícias e ladrões, de piratas e bandidos, de drogados, chulos, prostitutas e candidatos à Presidência...
Viva a «nouvelle vague» americana!

jef, setembro 2016


«Taxi Driver»  de Martin Scorsese. Com Albert Brooks, Jodie Foster, Robert De Niro, Cybill Shepherd, Harvey Keitel, Martin Scorsese. EUA, 1976, Cores, 113 min.

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