quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Sobre o livro «Abraços» de André Ruivo, STET – livros & fotografias + the inspector cheese adventures, 2018






















Existem dois artistas meus amigos que utilizam o modo (ou a grata mania) dos “cadernos” como experiência técnica ou classificação estética para as respectivas publicações. Um modo classificativo de lineu que organiza desorganizando as respectivas obras. É tão clássica e académica quanto infantil e lúdica.

Esses artistas são Gonçalo M. Tavares e André Ruivo.

André Ruivo edita agora «Abraços», finalmente em A4, capa cor-de-rosa em pausa, agrafo negro. Um formato que aguardávamos com alta e benéfica ansiedade. Nem todas as páginas estão preenchidas, nem todas as páginas contêm amplexos a 4 cores, como antes se dizia. Nem todas as páginas são brilhantes e envernizadas. Nem todas as páginas são tomadas pela cor macia da grafite deslizando sobre a rugosidade do papel OR, um papel tão bom para dobragens e abraços.

Mas todas são híper-românticas e comoventes. Excelentes para a sobrevivência vital e a acalmia da alma tanto quanto a dopamina, a seratonina, a adrenalina, todos esses alcalóides ou neuro-qualquer-coisa que se libertam quando abraçamos verdadeiramente alguém que se ama.

O caderno «Abraços» de André Ruivo é irresistível. 

Desarma qualquer um. Ou seja, pacifica qualquer um.

Viva a seratonina que se liberta em cada abraço!

jef, dezembro 2018

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