segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Sobre o filme «Ou Nadas ou Afundas» Gilles Lellouche, 2018
















Esta comédia francesa é um daqueles filmes que os próprios franceses adoram. Ali se revêem, lambendo ligeiramente as feridas, rindo-se dos seus traumas sem beliscar a vocação de gostarem muito de ser franceses.
Um grupo de oito homens, cada qual a braços com a própria crise, inscrevem-se numa classe de natação sincronizada masculina liderada por duas instrutoras, cada qual mergulhada na própria crise. Reúnem-se semanalmente por terapia ocupacional ou por qualquer outra. Aos poucos a motivação chega e inscrevem-se numa competição internacional organizada na Noruega.
É uma comédia benévola e simples, politicamente correcta, despretensiosa, de domingo à tarde. Poder-se-ia dizer para toda a família, caso não fumassem tantos charros, bebessem tanto álcool, tomassem tantos barbitúricos (como antes se chamavam a essas pílulas).
Está lá Mathieu Amalric, enfant pas terrible de uma nova e inteligente tendência caleidoscópica do cinema francês.
Ainda se pode ver Esther Williams em «A Rainha do Mar» (Mervyn LeRoy, 1952) e assistir a coreografias aquáticas para «Physical» de Olivia Newton-John (1981) e «Easy to Love» de Phil Collins (1984). Logo, o filme está ganho!

jef, janeiro 2019
                                                                      
«Ou Nadas ou Afundas» (Le Grand Bain) de Gilles Lellouche. Com Mathieu Amalric, Guillaume Canet, Benoît Poelvoorde, Jean-Hugues Anglade, Marina Foïs, Alban Ivanov, Phillipe Katerine, Leïla Bekhti, Virginie Efira, Félix Moati, Jonathan Zaccaï. França, 2018, Cores, 122 min.

Sem comentários:

Enviar um comentário