Como se escutasse no eco esse perdão
O suspiro passado de um serão
A mão do sonho sobre o ombro
A sombra plena
E o calor do corpo a respirar.
A quebra serena da ausência
Na construção lenta de um escombro.
Durante a noite podemos então nós
Em certo sentido
Absolver a ruína
E reinventar o oceano
Película do sono universal
Que de memória já esquecida
Faz da luz a véspera do dia.
Sombra quieta no calor a respirar
Corpo suspenso que alheio
Fica guardado na palma de uma mão.
Essa mão plena sobre o ombro
Faz da noite sombra mais próxima
E do perdão o eco de um suspiro.
Está refeito o calor do universo
Na partícula de um serão.
Totalmente lindo.
ResponderEliminarParabéns, JEF ♡♡♡