quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Sobre a leitura de «A Liberdade de Pátio» de Mário De Carvalho, Porto Editora 2013














Sobre a leitura de «A Liberdade de Pátio» de Mário De Carvalho, Porto Editora 2013

Entender a leitura de Mário de Carvalho, em especial «A Liberdade de Pátio», é reflectir sobre o que nós, leitores, pretendemos da literatura. Coisa imprescindível para quem preenche parte do tempo com livros e, acima de tudo, se entretém a ler.

Tal como sucedeu em «O Homem do Turbante Verde» (2011), os sete contos do último livro publicado pelo autor estão divididos por estâncias. Desta feita, três: «Névoas», «Esgares», «Vincos». Pois coisas pouco definidas, difíceis de narrar a terceiros, imagens mais sentidas que digeridas, voláteis, efémeras. Uma subordem proposta para que possamos separar e juntar o que não existe, em jogo de peões, pedras e dados. A nosso bel-prazer. (a) o Realismo sem prefixos ou adjectivos serôdios e académicos; (b) a Liberdade limitada pelo pátio que o paradoxo lhe transmite; (c) o que na vida se torna Insólito e, por fim, (c) o Riso, sem o qual a percepção da realidade desvanece em insuportável tédio.

A literatura como deve ser é assim: íntegra, consciente do seu passado, extravagante, divertida e forte! Jamais modernista!

«A Liberdade de Pátio» e «O Homem do Turbante Verde e Outras Histórias» são fundamentais para nos conhecermos como leitores!

jef, novembro 2013 / outubro 2016

«O Homem do Turbante Verde e Outras Histórias», Caminho 2011

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