Sobre a leitura de «A Liberdade de Pátio» de Mário De
Carvalho, Porto Editora 2013
Entender a leitura de Mário de Carvalho, em especial «A
Liberdade de Pátio», é reflectir sobre o que nós, leitores, pretendemos da
literatura. Coisa imprescindível para quem preenche parte do tempo com livros
e, acima de tudo, se entretém a ler.
Tal como sucedeu em «O Homem do Turbante Verde»
(2011), os sete contos do último livro publicado pelo autor estão divididos por
estâncias. Desta feita, três: «Névoas», «Esgares», «Vincos». Pois coisas pouco
definidas, difíceis de narrar a terceiros, imagens mais sentidas que digeridas,
voláteis, efémeras. Uma subordem proposta para que possamos separar e juntar o
que não existe, em jogo de peões, pedras e dados. A nosso bel-prazer. (a) o
Realismo sem prefixos ou adjectivos serôdios e académicos; (b) a Liberdade
limitada pelo pátio que o paradoxo lhe transmite; (c) o que na vida se torna
Insólito e, por fim, (c) o Riso, sem o qual a percepção da realidade desvanece
em insuportável tédio.
A literatura como deve ser é assim: íntegra, consciente do
seu passado, extravagante, divertida e forte! Jamais modernista!
«A Liberdade de Pátio» e «O Homem do Turbante Verde e Outras
Histórias» são fundamentais para nos conhecermos como leitores!
jef, novembro 2013 / outubro 2016
+ «O Homem do Turbante Verde e Outras Histórias», Caminho 2011
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