terça-feira, 15 de novembro de 2016

Sobre o filme «Grand Budapest Hotel» de Wes Anderson, 2014




















Este é um filme muito interessante.

(1) Porque recorda Stefan Zweig, um escritor perseguido, que me persegue, mas que devia ser por todos nós perseguido para que não o esquecêssemos.
(2) Porque é um filme muito divertido sobre um assunto muito sério.
(3) Porque tem uma lista sem fim de actores extraordinários libertados num palco que podia ser de um circo ou de uma casa de bonecas.
(4) Porque tem uma banda sonora maravilhosa – por favor, não saiam do cinema antes da ficha técnica terminar.
(5) Porque é uma comédia trágica, talvez muito negra, encenada sobre um cenário amoroso, cor-de-rosa, cobiçado por uma fotografia quase científica.
(6) Porque é uma tragédia cómica sobre o amor, colocada dentro de uma Europa a fugir do fausto, a cair da tripeça, a entrar em estado de guerra.
(7) Porque parece a Mary Poppins, a My Fair Lady, o Hello, Dolly!, mas não é. Não é um musical, mas bem podia ser.

Pode não ser o melhor filme de Wes Anderson, mas é um filme inesquecível!
A ordem dos factores atrás mencionada é arbitrária.

jef, abril 2014

«Grand Budapest Hotel» de Wes Anderson. Com Ralph Fiennes, Tony Revolori, Adrien Brody, Willem Dafoe, Saoirse Ronan, Edward Norton, Jude Law, F. Murray Abraham, Jeff Goldblum, Mathieu Amalric, Harvey Keitel, Bill Murray, Tilda Swinton, Tom Wilkinson, Léa Seydoux. Cores, 99 min., 2014.

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