Este livro sugere ter
sido escrito para crianças. Crianças que são adultos e contam histórias e
aventuras e viagens de adultos que parecem crianças. Quem o comece a ler,
prepare-se, não vai parar até conhecer-lhe o final. Imagine-se uma carrinha de
nove lugares, com acelerador e sem travão, que rola encosta acima, em movimento
uniformemente acelerado. Claro, a força da gravidade é negativa, como negativos
são os sinais do nosso tempo, da infeliz economia do desemprego, das casas
devolvidas aos bancos por dação, de gerações de idade amputada, da sociologia
avantajada, pronta a ser integrada num futuro por garantir. Mas Daniel tem de
resistir, não pela sua própria solidão, mas por solidariedade com a família,
com os amigos… Afinal, talvez haja solução! A felicidade ainda pode ser
equacionada, relativizada, ponderada, numa função de grau elevado, tendo x, y,
z por variáveis que, em absoluto, possuem o mesmo valor tanto para os adultos
como para as crianças. Ou seja, a hipótese de felicidade quando nasce é para
todos.
Valha-nos a esperança
(que Xavier e Doroteia Marques recusam)!
Valha-nos o desejo (de
que Mateus se quer alhear)!
Sentir ou entender a felicidade podem ser assuntos distintos, mas uma
coisa é certa: é impossível viver sem os outros.
jef, outubro 2013
jef, outubro 2013
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