quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sobre o filme «Mónica e o Desejo» de Ingmar Bergman, 1953


















Realismo, por hipótese.
Não é possível esquecer o Verão em «Mónica e o Desejo», um dos mais belos tratados sobre o fim da juventude e o início da cidade. A evasão e o trabalho. O sonho e o futuro. Aqui, a beleza é tamanha, tão assumida, tão estilizada, tão ideal, que lança sobre a realidade o olhar mais puro da abstracção, desfazendo os paradigmas sociais de uma qualquer arte dita «realista» ou «neo-realista». 

A imagem de Harriet Andersson transforma-se numa substância corpórea, deslumbrante, logo mítica, logo irreal, quanto já o fora Janet Gaynor em «Aurora» de Murnau (1927) ou Clara Calamai em «Obsessão» de Visconti (1943) ou Jean Seberg em «O Acossado» de Godard (1959) ou Anita Ekberg em «A Doce Vida» de Fellini (1960) ou Scarlett Johansson em «Match Point» de Woody Allen (2005) […] 

Teoria e prática sobre como significar a Natureza em três módulos: I – Mónica (a mulher), II - Estocolmo (a cidade) e III - Suécia (a paisagem).


jef, fevereiro 2014 / novembro 2016

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