As cores do poder
Capadócia. Inverno. Isolamento.
Quantas tonalidades estão
contidas nas sombras de uma lareira acesa? Quantas cores comporta a luz branca
refractada pelos cristais da neve? Os pintores sabem-no dizer. Mas quantas
variações poderão reflectir a palavra «poder»? Humilhação, prepotência,
condescendência, tirania, subjugação[…] Nuri Bilge Ceylan vai multiplicando o
complexo espectro visual, dando à palavra modeladora da humanidade o pantone de
um melodrama estético sobre a solidão. Um filme a ser escutado, no palco que
ele é, ao som de Voltaire, Shakespeare, Dostoiévski, Schubert… Um filme a
reler!
jef, janeiro 2015
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