terça-feira, 5 de março de 2019

Sobre o livro «O Meu Nome É Aram» de William Saroyan. Editorial Verbo, Volume 89 – Livros RTP, 1972 (1940). Tradução de Jaime Lisboa.















Em onze curtos contos William Saroyan entrega-nos
o Manual da Cordial Discordância,
a Enciclopédia da Desobediente Lisura e da Resistência Fleumática,
o Tratado da Sagaz Condescendência para atingir o tão desejado e inútil fim.
Um livro sobre a loucura contemplativa e a elegante inocência de uma juventude nascida pelos desertos de Fresno, Califórnia, sobre infantes descendentes de todos os povos que devem cumprir a tradição americana da Emerson School de há um século. Todos são estrangeiros em casa e até o índio Locomotiva 38 da tribo Ojibway não pertence ao cenário.

Sobre os mais velhos loucos-sãos, primos, tios, merceeiros e afins, recai o olhar complacente de Aram Garoghlanian, o jovem americano-arménio sem sotaque, amigo de todos, ou pelo menos compreensivo, que, mais tarde, ao partir de camioneta para Nova Iorque, é salvo pelo profeta em fato-macaco e passa a acreditar em tudo.

«O Meu Nome É Aram» é um extraordinário Dicionário de Tão Bem Escrever pequenas histórias, loucas narrativas, diálogos libertários.

A bela tradição de Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Mark Twain, Charles Dickens, Jerome K. Jerome…

jef, março 2019

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