Leyla McCalla, apesar de circular
num mundo que abrange todo o universo, toda a música que guarda como sua, a
folk, o jazz, a pop e o rock, a música Cajun da Luisiana, do Haiti, de Nova
Iorque, a música negra ou a música crioula de todos os quadrantes, sente-se encurralada
por um sistema capitalista que mal distribui a felicidade por todos, que restringe
a segurança social, que entrega o serviço de saúde ao dinheiro e à guerra.
Pricinpalmente, sente-se sitiada por um modo que rouba o tempo a quem dele precisa para criar e compor, obrigando o artista a correr
sem ter espaço (ou o tal tempo) para contemplar o mundo, reinventado-o. (E quanto nós necessitamos dessa reinvenção!)
O francês, o crioulo haitiano,
o inglês. Um proto-samba, uma proto-coladera, um proto-folk-country, um
electrizado blues, uma batida sincopada vinda de uma África profundamente
interior. Tudo converge para exprimir um amor imenso mas também uma profunda
revolta contra o Sistema.
Ainda dizem que a América não
é grande e não nos dá belas canções de amor e resistência!
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