Dersu Uzala (Maksim Munzuk) vai a enterrar entre um cedro e um abeto. Um cedro e um abeto que já não existem, a construção assim o ditou. O Capitão Vladimir Arseniev (Yuri Solomin) perde-se no local. As árvores também e, com elas, a memória.
Mas a Sibéria é demasiado grande para ser descrita pelas palavras até agora
inventadas. Olivier Rolin sabe-o com conhecimento de causa. Akira Kurosawa
tenta fazê-lo através de um enorme filme de aventuras.
Um dos mais belos filmes sobre a floresta como princípio da
humanidade perdida e reencontrada. Sobre a natureza humana, sobre o homem na
natureza, benévola e assustadora. Que o vento, o fogo, a água ou o tigre, não
se revoltem!
No fundo, um filme sobre a humanidade, a sua curiosidade e
compreensão pelo que lhe é alheio.
Um filme sobre topografia e o uso diverso de um nível.
Sobre desertos
gelados, tundras, taigas e conservação da natureza. Sobre recursos naturais e
caça sustentável, muito antes dos programas escolares se encherem de fast-Ecologia.
Acima de tudo, este filme fala do mundo, da bondade
superior, da amizade maior.
Um filme comovente. Um filme inteligente. Um filme que faz
bem à alma.
Tenho dito.
A música é de Isaac Schwartz e por lá andam duas canções cantadas pelos soldados russos que ficam na memória.
A música é de Isaac Schwartz e por lá andam duas canções cantadas pelos soldados russos que ficam na memória.
jef, agosto 2016
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