O
Dr. Robert Laing (Tom Hiddleston) ascende, cheio de traumas do passado, aos
andares superiores de um edifício-estado imaginado por um arquitecto em estado
de desgraça (Jeremy Irons). Foge ele dos andares inferiores onde a média
burguesia vive, carente e decadente. O fim da história não tem fim quando
começam os cortes de energia.
De
Londres o filme pouco tem… De arquitectura distópica ainda menos… Da produção
sentida e rigorosa que me faz ir ao cinema por ser «inglesa», nada! Parece uma
comédia do burlesco com belos adereços e carros que saem dos anos 70 do século
passado. Porém, uma comédia sem graça que brinca com os estereótipos dessa
época, tanto humanos e sociais como estéticos e cinéfilos!
É
um pouco triste convocar e ao mesmo tempo aviltar a grata imagem que trago
memorizada e, por isso, sempre refeita, de «Weekend» de Jean-Luc Godard (1967);
«Laranja Mecânica» de Stanley Kubrick (1971); «A Aventura do Poseídon» de
Ronald Neame (1972); «A Grande Farra» de Marco Ferreri (1973) ou «Underground»
de Emir Kusturica (1995).
Recordo
ainda J. G. Ballard, de onde vem o argumento, mas o de «O Império do Sol» de
Steven Spielberg (1987) ou «Crash» de David Cronenberg (1996).
Por
que foi necessário esperar dois anos para exibi-lo nas salas de cinema,
em Portugal?
jef,
setembro 2017
Sem comentários:
Enviar um comentário