Esta comédia francesa é um daqueles filmes que os próprios
franceses adoram. Ali se revêem, lambendo ligeiramente as feridas, rindo-se dos
seus traumas sem beliscar a vocação de gostarem muito de ser franceses.
Um grupo de oito homens, cada qual a braços com a própria
crise, inscrevem-se numa classe de natação sincronizada masculina liderada por
duas instrutoras, cada qual mergulhada na própria crise. Reúnem-se semanalmente
por terapia ocupacional ou por qualquer outra. Aos poucos a motivação chega e
inscrevem-se numa competição internacional organizada na Noruega.
É uma comédia benévola e simples, politicamente correcta, despretensiosa,
de domingo à tarde. Poder-se-ia dizer para toda a família, caso não fumassem
tantos charros, bebessem tanto álcool, tomassem tantos barbitúricos (como antes
se chamavam a essas pílulas).
Está lá Mathieu Amalric, enfant
pas terrible de uma nova e inteligente tendência caleidoscópica do cinema
francês.
Ainda se pode ver Esther Williams em «A Rainha do Mar» (Mervyn
LeRoy, 1952) e assistir a coreografias aquáticas para «Physical» de Olivia
Newton-John (1981) e «Easy to Love» de Phil Collins (1984). Logo, o filme está
ganho!
jef, janeiro 2019
«Ou Nadas ou Afundas» (Le Grand Bain) de Gilles Lellouche.
Com Mathieu Amalric, Guillaume Canet, Benoît Poelvoorde, Jean-Hugues Anglade,
Marina Foïs, Alban Ivanov, Phillipe Katerine, Leïla Bekhti, Virginie Efira,
Félix Moati, Jonathan Zaccaï. França, 2018, Cores, 122 min.
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