Devia
ser estabelecida uma penalização grave para quem invocar em vão o nome da ilha
de Stromboli (e a memória cinematográfica de Roberto Rossellini e Ingrid
Bergman, 1950)!
Deste
filme, resta a imagem aérea da ilha vulcânica, negra e vítrea. E a bela e extraordinária actriz que é Adèle Exarchopoulos!!
A
história é difícil de ser contada, pois de Sibila não vem qualquer oráculo!
Sybil (Virginie
Efira) é uma psicanalista pré-reformada que apenas deseja escrever. Mas ainda recebe
a jovem actriz Margot Vasilis (Adèle Exarchopoulos) que irá em breve para
Stromboli participar num filme. Desesperada, pois ficou grávida do actor
principal, que, por acaso, é namorado da realizadora. Sybil gosta da história,
esquece a ética e grava as sessões que a vão inspirando no futuro livro. Tem ainda
uma irmã, dois filhos, uma mãe que morrerá, um marido e um ex-amante. É alcoólica
e acaba a voar para Stromboli a pedido da paciente e, pelo meio das filmagens
que acaba por ser ela própria a dirigir, envolve-se com o actor principal que,
como referido atrás, é namorado da realizadora e amante da actriz principal… No
final, o filme é apresentado em antestreia e o livro fica escrito. Ninguém a
processa por ser um real plágio!
Em 1858,
a Condessa de Ségur escreve «Os Desastres de Sofia».
Em 2019,
Justine Triet filma «Os Desastres de Sibyl».
Valha-nos
jef, dezembro
2019
«Sibyl»
de Justine Triet. Com Virginie Efira, Adèle Exarchopoulos, Gaspard Ulliel,
Sandra Hüller, Niels Schneider. França, 2019, Cores, 100 min.
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