É
necessário não esquecer o Chile, Salvador Allende, Augusto Pinochet, o fascismo e
o golpe militar de 1973.
Chile,
1976.
Carmen
(Aline Küppenheim), senhora rica, boas famílias, cooperante da Cruz Vermelha,
casa de praia e marido médico, vê-se a braços com o pedido de ajuda de um
velho pároco amigo para ajudar a tratar um jovem revoltoso, baleado, que ele
albergou, às escondidas.
Este
filme de estética, cores, adereços e guarda-roupa tão requintados, coloca a
maravilhosa actriz Aline Küppenheim no centro acção e do medo enraizado. Também
da solidariedade, da dúvida, da perseguição, da morte, da suspeita. Carmen,
voluntariosa e justa, coordena um clube de leitura na paróquia para cegos e tem
a cargo as férias dos três netos. Pela sua moral, obstinação e curiosidade, vai
ajudar o jovem Elías (Nicolás Sepúlveda) e envolve-se num mundo à parte que é
totalmente alheio ao seu. No entanto, leva até ao fim a demanda a que se
propôs.
Um
filme inteligente e denso, mas muito simples, para quem ainda tenha dúvidas sobre as melhores
causas da democracia e da sagrada liberdade.
jef,
junho 2023
«Chile,
1976» de Manuela Martelli. Com Aline Küppenheim, Nicolás Sepúlveda, Hugo Medina,
Alejandro Goic, Carmen Gloria Martínez, Antonia Zegers, Marcial Tagle, Amalia
Kassai, Gabriel Urzúa, Luis Cerda, Ana Clara Delfino, Elena Delfino, Salvador
Guenel, Vilma M. Verdejo, Mauricio Pesutic, Yasna Ríos, Francisco Ossa, Elvis
Fuentes. Argumento: Manuela Martelli, Alejandra Moffat. Produção: Alejandra
Garcia, Juan Pablo Gugliotta. Fotografia: Soledad Rodríguez. Música: Mariá
Portugal. Guarda-roupa: Pilar Calderon, Gabriela Varela Laciar. Chile /
Argentina / Qatar, 2023, Cores, 95 min.
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