quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Memória activa













Sempre que bebo um copo de água, as partículas do meu corpo relembram-se da activa e osmótica impermeabilidade celular.

Sempre que olho para a televisão há uma pessoa que desaparece da minha memória.

Sempre que entro dentro de um carro renasce o sopro da paisagem que esqueci.

Sempre que subo a esta torre e olho à minha volta pelos quatro cantos dos sinos, vejo os gansos, os anjos, os suspiros, as crostas da memória dos que partiram.

A memória não é um dogma.

jef, dezembro 2017

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