Sempre que bebo um copo de água, as partículas do meu corpo
relembram-se da activa e osmótica impermeabilidade celular.
Sempre que olho para a televisão há uma pessoa que desaparece
da minha memória.
Sempre que entro dentro de um carro renasce o sopro da
paisagem que esqueci.
Sempre que subo a esta torre e olho à minha volta pelos
quatro cantos dos sinos, vejo os gansos, os anjos, os suspiros, as crostas da memória dos que partiram.
A memória não é um dogma.
A memória não é um dogma.
Sem comentários:
Enviar um comentário