O Auto de Natal que a Igreja da Irmandade da Misericórdia e
de São Roque de Lisboa leva a cena é um caso sério.
«Fio de Natal». Vai na 14ª edição. Tem música, bailado e encenação. É bom
teatro feito por todos para todos. Traz miudinhos, miúdos, adolescentes,
graúdos e mais do que graúdos, àquele palco-altar. É popular e sério. Muito antigo e tão perto. Diverte e
comove.
É a história do nascimento de Jesus Cristo, pois então.
Ana Lázaro, a autora, escreve: «Contar uma história tantas
vezes repetida não facilita a tarefa, pelo contrário. Implica uma
responsabilidade que lhe é inerente: a de atribuir significado e
significância a palavras que se disseminam entre a intemporalidade dos seus
ecos. Fazê-lo no âmbito de um Projecto de tamanha conotação emocional, e sob a
égide da Santa Casa, que promove valores de fraternidade num trabalho diário,
incansável, e tecido por mãos e vozes tantas vezes anónimas, acresceu esse
sentido de pesquisa e responsabilidade pessoal.»
Ouvir-se, pelo Natal, uma Estrela repetir bem alto,
«Todas as crianças são iguais, não importa a sua cor, raça,
sexo ou religião. Todas as crianças têm o direito ao amor e à compreensão.
Todas as crianças têm direito à educação.»,
é obra!
Ainda vão a tempo. Hoje à tarde, 18 de Dezembro de 2017, pelo
largo Trindade Coelho, numa das mais belas igrejas de Lisboa, haverá nova
récita!
Quem nunca foi, verá como estou certo.
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