A abstracção simbólica é o gene maior da humanidade. Com ela cria símbolos, imagens, metáforas que pretendem
definir, transformar e transmitir a realidade. Talvez a cidade seja o maior símbolo
da humanidade e a música a sua maior abstracção.
Por isso, Armando
Teixeira cria nove andamentos para «Cidade Modular» e pede a Paulo Romão Brás
a sua ilustração em movimento. Tudo a preto e branco. E a imagem simbólica de Lisboa
éconvertida em música.
Vem escrito por lá:
«‘Calçada da Mouraria’. O
álbum expõe-se em abertura sinfónica reavaliando o pulsar das células de quem o
escuta. ‘Alto do Chapeleiro’ intui a citada infância recriadora em peças de
Lego e oferece-lhe de mão beijada um lento fluir botânico, vagamente nipónico. ‘Arco
Escuro’ receita o subaquático morse das baleias nocturnas. ‘Jardim Botânico’
tem o carácter homeostático dos passos que ressoam em volta da calçada, entre o
sonho do silêncio e a angústia do espaço deserto. Termina ‘Eixo N-S’, em andamento
longo, com uma respiração vibrando em sinusoide sobre um plano metálico que
resiste à distorção da apneia.»
Pois estas metáforas serão apresentadas
ao vivo muito em breve, pela urbe. E o melhor é ir lá constatar com os próprios olhos e ouvidos.
18
janeiro às 18h | Desvio, Arroios
1
fevereiro às 18h | Galeria Imago, Graça
7
fevereiro às 18h | Clara Clara, Santa Clara
16
fevereiro às 18h | Selina Garden
23
fevereiro às 18h | Chasing Rabbits, Rato
25
fevereiro às 19h | Jazz Messengers, LX Factory
https://cidademodular.bandcamp.com/releases
jef, janeiro 2021
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