sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Sobre o disco «Cidade Modular», de Armando Teixeira, 2021. Com imagem de Paulo Romão Brás.













A abstracção simbólica é o gene maior da humanidade. Com ela cria símbolos, imagens, metáforas que pretendem definir, transformar e transmitir a realidade. Talvez a cidade seja o maior símbolo da humanidade e a música a sua maior abstracção.

Por isso, Armando Teixeira cria nove andamentos para «Cidade Modular» e pede a Paulo Romão Brás a sua ilustração em movimento. Tudo a preto e branco. E a imagem simbólica de Lisboa éconvertida em música.

Vem escrito por lá:

«‘Calçada da Mouraria’. O álbum expõe-se em abertura sinfónica reavaliando o pulsar das células de quem o escuta. ‘Alto do Chapeleiro’ intui a citada infância recriadora em peças de Lego e oferece-lhe de mão beijada um lento fluir botânico, vagamente nipónico. ‘Arco Escuro’ receita o subaquático morse das baleias nocturnas. ‘Jardim Botânico’ tem o carácter homeostático dos passos que ressoam em volta da calçada, entre o sonho do silêncio e a angústia do espaço deserto. Termina ‘Eixo N-S’, em andamento longo, com uma respiração vibrando em sinusoide sobre um plano metálico que resiste à distorção da apneia.»

Pois estas metáforas serão apresentadas ao vivo muito em breve, pela urbe. E o melhor é ir lá constatar com os próprios olhos e ouvidos.

18 janeiro às 18h | Desvio, Arroios

1 fevereiro às 18h | Galeria Imago, Graça

7 fevereiro às 18h | Clara Clara, Santa Clara

16 fevereiro às 18h | Selina Garden

23 fevereiro às 18h | Chasing Rabbits, Rato

25 fevereiro às 19h | Jazz Messengers, LX Factory


https://cidademodular.bandcamp.com/releases

https://gerador.eu/cidade-modular-o-projeto-de-armando-teixeira-sera-apresentado-em-seis-datas-viajando-por-varios-locais-de-lisboa/


jef, janeiro 2021

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