Alfarrobeira
Ceratonia siliqua L.
Família
Fabaceae / Leguminoseae
É
a árvore associada ao Sul algarvio mas também a encontramos na região de Lisboa
e Arrábida. Aprecia os solos pedregosos e calcários e o clima suave ensolarado,
não se dando bem com as geadas do interior. Cultivada pela sua vagem de 12 a 20
cm de comprimento, a comestível alfarroba, com elevados teores de açúcar,
taninos e goma, é utilizada na doçaria e na gastronomia em geral, também nas
indústrias farmacêutica, alimentar ou de destilação para álcool e bebidas
licorosas, também como espessante ou para sucedâneos de café ou chocolate, além
do tradicional uso como forragem.
Como
planta dióica (por vezes, também poligâmica), os frutos aparecem nos indivíduos
femininos, embora a relação entre os sexos possa ser alterada por enxertia das
árvores masculinas.
As
folhas desta fabácea (antigamente referida como leguminosa) são persistentes,
compostas por folíolos emparelhados, grandes, coreáceos e de tonalidade verde
escura. Apresenta uma copa densa e ampla, ovalada, e a sua madeira avermelhada,
compacta, é apreciada para trabalhos de carpintaria com polimento.
Poderá
não ser uma árvore tipicamente florestal, mais associada à policultura, talvez
tenha chegado de regiões orientais com a sua floração tardia, outonal, mas
cruza-se há muito com a vida do homem, podendo ser identificada no epopeico
Gilgamesh, no hebraico Talmud ou no evangelho de Mateus. Se siliqua é o nome
latino para «alfarroba» ou para «vagem», os árabes às suas duras sementes
chamavam karats, antiga medida para pesar medicamentos e jóias, dando origem ao
mais recente quilate de ouro puro.
* botânica
Muito bem grande João!!! Abraço
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