Hard
Silly Season
Imagine-se
que a Warner Bros vende os direitos do Coiote e do Bip-Bip à Disney. (Não! Não
estou a falar do intocável «Quem Tramou Roger Rabbit» de Robert Zemeckis, 1988,
com os extraordinários Bob Hoskins e Jessica Rabbit.) Falo em colocar um filme
de pancadaria e acção nas mãos do lacrimejante Bambi e este dentro do humor à «Scary
Movie». Contudo, o Coiote nunca ficaria soterrado por mais rochedos que lhe
caíssem em cima. São toneladas de balas disparadas; centenas de automóveis passados
a ferro; murros que estalam como facadas; facas que saem dos músculos sem deixar
marca. Apenas, um ligeiro coxear. Amsterdão, Haia e Manchester, desfeitas
a lança-morteiro; sangue-vivo-Viarco que salta do corpo de um exército maléfico
de bielorussos que pensam estar nos Balcãs ou em Alepo; um sem fim de videoclipes
ao nível dos isrealitas «Gelado de Limão I, II, III», onde as
declarações de amor são espontaneamente interrompidas pela violência dos mais viciosos
e corruptos funcionários da Interpol!
Por
que será que Joaquim de Almeida tem de ser tão canastrão e estar tão mal vestido?
Como
consegue Ryan Reynolds manter a cara de parvo durante quase duas horas?
Estarão Samuel L. Jackson e Gary Oldman assim tão necessitados de dinheiro?
Por
que é que a belíssima Salma Hayek faz um papel tão estúpido?
Enfim,
felizmente a silly season cinematográfica continua a ser o que era.
jef,
agosto 2017
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