quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Desencarcerar












Desencarcerar
Diz-se dos automóveis, das suas vítimas
Das praças sitiadas, das práticas famintas
Dos corações de aço, dos papagaios de papel
Dos pés de barro, dos braços de ferro
Dos ossos banidos pelo tédio praticante
Desses que, de tão convictos na sua religião, buscam em permanência
Os crentes absolutos
Nos pára-choques rutilantes.

jef, novembro 2018

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