Aconchego-me
ao Grande Canyon,
entre
fundas perspectivas e doces poeiras aromáticas.
Aí,
permaneço.
E
adormeço nessa penumbra ocidental.
Na
penugem do amor,
na
lucidez translúcida do fluído,
no
instante fortuito da saliva,
no
corpo solvente do calor,
num
certo reverso da experiência
em
que me desfaço e me cuido,
sem
saber se, algum dia, me deixarão regressar.
Mas,
sim, um dia regressarei
de
sono tão invulgar,
do
sol sem zénite,
desse
líquido porvir.
Agora,
estou certo, vou acordar
encadeado
pelo crepúsculo
que
me fechará os olhos,
como
fazem as rochas dúcteis
ao
levantarem-se do pó duro da agonia.
Nesse
momento, estarei pronto.
E
voltarei a partir.
jef,
junho 2021
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