segunda-feira, 9 de julho de 2018

Sobre o filme «Na Praia de Chesil» de Dominic Cooke, 2017














Ora aqui estamos perante um melodrama muito bem narrado, à antiga, ao estilo inglês, da BBC, sobre um romance Ian McEwan, que coproduz e assina a adaptação do argumento.

Estamos em Inglaterra, 1962. Florence Ponting (Saoirse Ronan), uma jovem violinista, voluntariosa e sagaz, encontra Edward Mayhew (Billy Howle), um sensível estudante de História, numa sessão pacifista contra as armas nucleares, onde ela é activista. Aproximam-se, apaixonam-se e casam. Esta é a história do seu dia de núpcias num hotel da praia de Chesil. A história de Inglaterra e do mundo. A história do despertar dos afectos, da educação sexual, dos seus modos, medos e constrangimentos. A história da intimidade falhada.

Um prazer para os olhos e para os ouvidos numa suavidade triste, cerimoniosa, que merece ser contemplada, mesmo que a necessidade de tudo explicar após o dia fatal, tolde alguma fantasia que seria melhor deixar subentendida na imaginação do espectador. No centro está a bela Saoirse Ronan, actriz que preenche todo o filme, desenvolta e líder, como já nos havíamos apercebido em «Lady Bird» (Greta Gerwig, 2017).

jef, julho 2018

«Na Praia de Chesil» (On Chesil Beach) de Dominic Cooke. Com Saoirse Ronan, Emily Watson, Anne-Marie Duff, Billy Howle, Samuel West. Baseado no romance e argumento de Ian McEwan. Grã-Bretanha, 2017, Cores, 110 min.


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