Diz
a nota de imprensa. «Este "biopic" sobre Vincent Van Gogh
apresenta-se como a primeira longa-metragem "completamente pintada do
mundo". Foram pintados e repintados 853 quadros a óleo, trabalho realizado
por mais de 100 artistas diferentes a partir de 130 obras do pintor holandês.
Ao todo, 65 mil fotogramas.»
E
acrescenta: «A história foca-se mais na morte do que na vida do artista».
E
eu, ao assistir à hora e meia do filme:
a) confirmo
a beleza deslumbrante de um pintor genial que mudou radicalmente o modo de
olhar a arte, a cor, a luz, o retrato, o campo agrícola, a paisagem. Mais
importante, alterou o princípio psicológico de interpretação do próprio olhar;
b) reconheço o trabalho extraordinário da equipa
técnica, dos pintores, actores e produtores (e músicos), para nos transmitir o
esplendor colorido de Vincent Van Gogh;
c) fui
levado através de uma narrativa urgente e bem intrincada pelos últimos e trágicos
dias do mais trágico dos pintores;
d) fiquei
com a sensação de que alguma coisa nesta animação ficou aquém, que o filme se tornava ingénuo,
vagamente descrente de si próprio, talvez infantil ou bacoco, a deixar plana, a
duas dimensões, sem pontos de fuga ou linhas de horizonte, sem futuro, uma das
pinturas mais esculpidas e futuristas do mundo…
contudo,
valeu bem a ida ao cinema.
jef,
novembro 2017
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