quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Sobre o filme «Juliet, Nua» de Jesse Peretz












Claro que ninguém viu «Juliet, Nua». 

Uma espécie de comédia dramática bem ao jeito do melhor episódio televisivo inglês, mesmo que americana. Com uma intriga a lembrar «À Procura de Sugar Man» de Malik Bendjelloul (2013).

Apesar de ser baseado num outro romance do viciado em música popular anglo-saxónica e coleccionista de LP, Nick Hornby. Amável escritor inglês que trata com amor tanto as personagens como os vinis. Lembre-se o belíssimo «Alta Fidelidade» de Stephen Frears (2000).

Apesar de ter o amado e versátil e desalinhado e enorme actor Ethan Hawke a fazer de músico desaparecido, perdido de si próprio e da própria música, Tucker Crowe.

Apesar de nele se descobrir a belíssima actriz Rose Byrne (a recordar a nossa Julianne Moore) numa Annie casada há 15 com Duncan (Chris O’Dowd) que é um obsessivo apaixonado pelo único álbum editado por Tucker Crowe.

Apesar de ser este filme uma daquelas comédias discretas, dóceis, inteligentes, realizadas em modo ágil, onde o humor é sempre ampliado pela linha trágica e inconsequente que o tempo sempre arrasta pelo dia-a-dia.

jef, agosto 2018

«Juliet, Nua» (Juliet, Naked) de Jesse Peretz. Com Rose Byrne, Ethan Hawke, Chris O'Dowd, Megan Dodds, Jimmy O. Yang , Nina Sosanya. Baseado no romance de Nick Hornby. EUA, 2018, Cores, 105 min.

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