Claro que ninguém viu «Juliet, Nua».
Uma espécie de comédia
dramática bem ao jeito do melhor episódio televisivo inglês, mesmo que americana.
Com uma intriga a lembrar «À Procura de Sugar Man» de Malik Bendjelloul (2013).
Apesar de ser baseado num outro romance do viciado em música
popular anglo-saxónica e coleccionista de LP, Nick Hornby. Amável escritor
inglês que trata com amor tanto as personagens como os vinis. Lembre-se o
belíssimo «Alta Fidelidade» de Stephen Frears (2000).
Apesar de ter o amado e versátil e desalinhado e enorme actor
Ethan Hawke a fazer de músico desaparecido, perdido de si próprio e da própria
música, Tucker Crowe.
Apesar de nele se descobrir a belíssima actriz Rose Byrne (a recordar a nossa Julianne Moore) numa Annie casada há 15 com Duncan
(Chris O’Dowd) que é um obsessivo apaixonado pelo único álbum editado por Tucker
Crowe.
Apesar de ser este filme uma daquelas comédias discretas,
dóceis, inteligentes, realizadas em modo ágil, onde o humor é sempre ampliado pela
linha trágica e inconsequente que o tempo sempre arrasta pelo dia-a-dia.
jef, agosto 2018
«Juliet, Nua» (Juliet, Naked) de Jesse Peretz. Com Rose
Byrne, Ethan Hawke, Chris O'Dowd, Megan Dodds, Jimmy O. Yang , Nina Sosanya. Baseado no romance de Nick Hornby.
EUA, 2018, Cores, 105 min.
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