Sinceramente.
A
lebre está alerta. Espeta as longas orelhas.
Escuta
o movimento do vento.
O
silêncio das árvores.
Os cheiros e os passos.
Nada
diz sobre a morte. Apenas ouve.
Nem
a caçadeira está ainda apontada.
Até
o sangue murmura inaudito
como
um grão de chumbo a rolar no fundo da ribeira.
A
lebre mantém-se alerta. O Verão chegou.
Fechamos
os olhos. Aprisionamos o ar no coração.
Talvez
amanhã ainda seja dia.
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