Não. Não é sobre a canção dos Xutos, não. Mas podia ser, anda
lá próximo.
Este «O Homem do Leme» aproxima-se muito, tocando-o com provocação
e carinho, do Jornal de Letras, Artes e Ideias, esse fenómeno extraordinário,
extravagante, amorável, esse acto jornalístico resistente e desafiador nas
Artes em Portugal e no mundo.
«O Homem do Leme» comemora os 20 anos de crónicas quinzenais
de um dos seus jornalistas e mais fiéis camaradas de gávea e proa, de pelotão da
frente e plantel de ataque, de redacção, luta e também de matraquilhos – o
querido amigo Manuel Halpern!
São textos muito divergentes por que se desejam fora do
centro e que começaram por querer sublinhar a força estratégica das novas
tecnologias no mundo das criatividades artísticas. Contudo, as tecnologias foram
envelhecendo e os dados confidencias vendidos a troco de votos e dólares,
enquanto estas crónicas permaneceram aqui mais à frente e modernas, incólumes
ao desvario fúnebre de bytes e bits (estes termos ainda se podem usar?).
Ficções. Elegias. Alogias. Epifanias. Comemorações. Desafios.
Alertas. Modos de usar. São apontamentos de coisa alguma que parecia importante
e, de facto, os vinte anos de publicação que vão correndo, ora lentos ora
stressados, confirmam agora a sua vocação para o prazer da leitura. Sabe bem
ler estas crónicas, hoje!
Se estiverem por Lisboa, no dia 17 de Abril de 2018, pelas 18h30
na Casa Fernando Pessoa (rua Coelho
da Rocha, 16), apareçam! O escritor José Luís Peixoto vai apresentá-lo e haverá
leituras por alguns infiltrados!
Dois dias depois, a 19
de Abril, pelas 21h30, no espaço
insuspeito e tradicional Popular
Alvalade (rua António Patrício, 11B), ali muito perto da lisboeta avenida
dos Estados Unidos da América, a coisa não se repetirá, mas passará pelos dedos
musicais de Luís Varatojo. Os intrusos infiltrar-se-ão de novo.
jef, abril 2018
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