sexta-feira, 13 de abril de 2018

Sobre a dupla apresentação do livro «O Homem do Leme» de Manuel Halpern. Rosa de Porcelana, 2018.











Não. Não é sobre a canção dos Xutos, não. Mas podia ser, anda lá próximo.
Este «O Homem do Leme» aproxima-se muito, tocando-o com provocação e carinho, do Jornal de Letras, Artes e Ideias, esse fenómeno extraordinário, extravagante, amorável, esse acto jornalístico resistente e desafiador nas Artes em Portugal e no mundo.
«O Homem do Leme» comemora os 20 anos de crónicas quinzenais de um dos seus jornalistas e mais fiéis camaradas de gávea e proa, de pelotão da frente e plantel de ataque, de redacção, luta e também de matraquilhos – o querido amigo Manuel Halpern!
São textos muito divergentes por que se desejam fora do centro e que começaram por querer sublinhar a força estratégica das novas tecnologias no mundo das criatividades artísticas. Contudo, as tecnologias foram envelhecendo e os dados confidencias vendidos a troco de votos e dólares, enquanto estas crónicas permaneceram aqui mais à frente e modernas, incólumes ao desvario fúnebre de bytes e bits (estes termos ainda se podem usar?).
Ficções. Elegias. Alogias. Epifanias. Comemorações. Desafios. Alertas. Modos de usar. São apontamentos de coisa alguma que parecia importante e, de facto, os vinte anos de publicação que vão correndo, ora lentos ora stressados, confirmam agora a sua vocação para o prazer da leitura. Sabe bem ler estas crónicas, hoje!

Se estiverem por Lisboa, no dia 17 de Abril de 2018, pelas 18h30 na Casa Fernando Pessoa (rua Coelho da Rocha, 16), apareçam! O escritor José Luís Peixoto vai apresentá-lo e haverá leituras por alguns infiltrados!

Dois dias depois, a 19 de Abril, pelas 21h30, no espaço insuspeito e tradicional Popular Alvalade (rua António Patrício, 11B), ali muito perto da lisboeta avenida dos Estados Unidos da América, a coisa não se repetirá, mas passará pelos dedos musicais de Luís Varatojo. Os intrusos infiltrar-se-ão de novo.

jef, abril 2018

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