É
um cetáceo comum na costa portuguesa, com cerca de três metros de comprimento,
identificado pelo focinho curto e maxilar inferior ligeiramente mais
prolongado. O dorso tem uma coloração mais escura. Pertence ao subgrupo dos
Odontocetes (cetáceos com dentes). É um dos mamíferos marinhos que crianças e
adultos mais reconhecem como um «golfinho» Em certos pontos da costa podem
formar grupos sedentários, fixando-se como famílias mais ou menos numerosas.
Assim
sucede no estuário do Sado onde o grupo actualmente apresenta cerca de 30
indivíduos, tendo uma área de alimentação que se estende ainda desde o Cabo
Espichel a Sines. Todos eles são conhecidos individualmente pela forma da
barbatana dorsal ou por certas marcas e cicatrizes ou matizes diferentes de
coloração.
Apesar
de ser o símbolo da Reserva Natural do Estuário do Sado, esta comunidade sofreu
um declínio forte, recuperando depois ligeiramente pela sobrevivência das crias
nascidas a partir de 2010. Contudo, os animais na sua maioria têm uma idade
superior a 30 anos.
A
carga de poluentes transmitida pelo leite materno poderá ter sido uma das
causas dessa redução. A elevada pressão causada pelo aumento do número de
embarcações de recreio que actualmente circulam no estuário do Sado tem
contribuído para alguns dos comportamentos de stress detectados na população de roazes.
Contemplar os golfinhos do rio Sado é muito bom mas deve implicar o cumprimento rigoroso do
código de conduta da observação de cetáceos que concilia a procura turística e
a conservação de tão importante recurso natural.
jef, agosto 2020
* zoologia
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