Carvalho-cerquinho
Quercus faginea Lam.
Família
Fagaceae
Já
foi chamado «português» (Q. lusitanica). Quando os solos de características
básicas ou a mão humana o deixa, em modo de bosque climácico, esta espécie
espontânea supera os 20 metros de altura, adaptando-se bem a essa transição
portuguesa entre o Norte húmido e o Sul mais seco, o Atlântico e o
Mediterrâneo. Deu nome a diversas povoações com o étimo «Cercal». Também se
apresenta de porte mais retraído, como coberto mais rasteiro ou associado a
outros carvalhos, sobreiros ou azinheiras, formando com estes híbridos. Apesar
de se distribuir no Noroeste de Portugal e numa área considerável que vai do
Mondego a Lisboa, da Arrábida ao Oeste, do Alentejo ao Algarve, não aparece em
alguns manuais de produção florestal, apesar dos indivíduos de maior porte
darem boa madeira. É uma árvore característica de alguns ecossistemas
florestais autóctones, muito ricos em biodiversidade, a necessitar de sérias medidas de
conservação.
As
folhas desta caducifólia são marcescentes, ou seja, mantêm-se até ao
aparecimento da nova folhagem. São elípticas a ovaladas, de contorno crenado,
enrolando-se para dentro, convolutas, e possuem alguma pilosidade na página
inferior. A bolota que é oblonga sob uma taça, ou cúpula, de escamas assentes, não
se confunde com as galhas ou bugalhos, que são esféricos, resultado da
inoculação de ovos em alguns rebentos através da picada de certos insectos.
* botânica
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