Eucalipto
Eucalyptus globulus Labill.
Família:
Myrtaceae
Existe
um exemplar no lugar de Contige, em Sátão, distrito de Viseu, que dá nome
àquele cruzamento de caminhos, protegido em decreto por ser monumental e muito
digno: 50 metros de altura; 9,52 metros de perímetro à altura do peito; 29,5
metros de diâmetro de copa. Dizem os proprietários que terá sido plantado pelo
ano 1878 e andará, certamente, arredado de polémicas sobre empobrecimento de
solos, monoculturas industriais e incêndios florestais.
O
século XIX via nele um bom ajudante para drenar os solos e como doador de boa
lenha. O século XXI vê-o mais como fonte de fibras celulósicas para uma vasta
gama de produtos. Também dele as abelhas gostam, também as suas essências
odoríficas servem usos medicinais e a cosmética.
Da
família das Mirtáceas, entre centenas de espécies do género, esta árvore de
crescimento rápido pode atingir em Portugal até 70 metros de altura, exibindo
folhas juvenis emparelhadas e opostas às do nó anterior, ovadas, azuladas, que
derivam, quando adultas, para longas folhas falciformes, verde brilhante. As
flores hermafroditas, onde um tufo de numerosos estames brancos se destaca do
opérculo, resultam em fruto, uma cápsula lenhosa quadrangular e de quatro
faces, de 1,5 a 3 cm. O ritidoma nas árvores adultas destaca-se em longas fitas
dando à base do tronco diversas tonalidades entre o castanho, o cinzento e o
amarelo.
Esta
árvore exótica e aromática tem origem na ilha da Tasmânia e extremo sudeste da
Austrália e dizem os manuais que dois terços da sua área de plantações se situa
na Península Ibérica.
* botânica
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