(a forografia tirou a Sofia Bruxelas da sua janela)
Plátano
Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton (= P. hybrida)
Família
Platanaceae
Caducifólia,
pode atingir os 30 metros de altura (caso as podas camarárias não as mutilem de
modo drástico), de copa ampla, frondosa, tronco avantajado coberto de ritidoma
marmoreado que se destaca em placas, manchando-o de amarelo esverdeado, de
castanho ou cinzento. Folhas largas, com um limbo até 30 cm, alternas, de
recorte profundo como a mão de dedos abertos ou a folha de uma videira, de
pecíolo comprido na base do qual se escondem, de novo, os gomos. As flores são
unissexuais e os frutos, múltiplos de aquénios, esféricos, cujos elementos
radiais se vão desfazendo pelo outono, cada um acompanhado por um tufo de pêlos
para que o vento o dissemine, provocando também algumas irritações alérgicas.
Prefere
solos húmidos, ladeando cursos de água permanentes, mas resiste à secura do
Verão e aos frios invernais. Fornece boa madeira para marcenaria, de cor clara
assinalada pelos raios lenhosos. Marca a paisagem urbana, as ruas e parques
citadinos, os cursos de água junto às povoações, as estradas municipais com as
árvores quantas vezes pintadas de branco. Desde os romanos que é chamado platanos, termo helénico que significa
amplo, dando-lhe a importância que o seu porte sugere.
Pertence
ao único género da família das Platanáceas. Género de poucas espécies, umas com
origem a Oriente, Europa e Ásia Menor e Central (P. orientalis); outras de origem no Leste da América do Norte (P. occidentalis). Contudo, não é uma
árvore usada em floresta apesar do seu crescimento rápido e de pegar facilmente
por estaca. Mas se é menosprezada por silvicultores, é acarinhada por botânicos
que desde há muito discutem por ela. Se o português, jesuíta e naturalista,
Brotero a nomeou como P. hybrida,
porque nascida das duas espécies, outros fizeram-na regressar à origem
oriental, comparando ainda as suas folhas às do ácer (Platanus orientalis var. acerifolia).
jef,
abril 2020
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